Guilherme Bonfanti | Máquinas da Luz – Considerações Sobre a Iluminação Cênica no Pós-Humano.

Máquinas da Luz – Considerações Sobre a Iluminação Cênica no Pós-Humano.

Introdução

“A Ciência não é um império dentro do império. Não se separa do meio social em que se elabora”1. O século XXI começou em meio a um turbilhão de novas informações, novas práticas, novos conhecimentos e, consequentemente, de novas linguagens, novas realidades e novas tecnologias. Novos padrões criam novas maneiras de pensar a existência humana, e, portanto, novas criações artísticas e maneiras de pensar sobre a realidade:

“As well, the recognition of new phenomena often entails confrontation between competing epistemologies. Work in the interactional mode probes how human beings organize, and periodically reorganize, their ideas about reality under these circumstances. It seeks to elucidate the myriad mutual accomodations between social and scientific practices that occur within existing socio-technical dispensations during times of conflict and change.”²

O desenvolvimento da eletrônica é parte de uma engrenagem social complexa. A partir daí, busca-se, dentro de outros campos da vida humana, entender como esse novo dado altera a realidade humana no século XXI.

A Iluminação Cênica, enquanto linguagem e enquanto técnica, também é afetada neste processo. A Eletrônica invade os palcos via mesas digitais, refletores robotizados e projeções mapeadas, o que altera não só a estética da obra ou a relação da iluminação com os outros elementos da cena, mas também as ferramentas dos iluminadores e iluminadoras e, consequentemente, o modo de se pensar a luz.

As grandes mudanças de paradigmas são processos: o desenvolvimento da eletrônica tem seus primórdios no mundo pós-guerra, onde, apesar do medo que a ciência provocava, nunca havia tido tanto investimento na área.³


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