Reconhecer o espaço público em seus contrastes como inevitáveis à coexistência humana, e pensá-lo como um lugar de encontros, disputas, antagonismos e negociações, bem como uma trama de vínculos afetivos entre cidade, arquitetura e indivíduos foram alguns dos motivos que deram “sentido” ao projeto Cidade Submersa.
O espaço da intervenção não tinha proteções de paredes, coberturas ou refúgios. Um espaço vazio – um espaço vazio de construções e a espera de uma próxima: o terreno da antiga estação rodoviária da Luz, no centro da cidade de São Paulo.
Por meio de recursos arqueológicos, a proposta foi criar uma situação lúdica, e ao mesmo tempo séria, para dar visibilidade aos aspectos escondidos da cidade. O ato de escavar a superfície da terra, aliada a uma sensação de um tempo em suspensão, proporcionada pela criação sonora, bem como pela ambientação da iluminação e dos estímulos visuais das projeções de imagens e palavras, teve a intenção de intensificar a percepção dos participantes e levá-los à reflexão.
“O percurso da pesquisa incitou em nós inúmeras questões “submersas” de nossa cidade. A experiência foi concebida no sentido de fazê-las emergir. Muitas delas ainda reverberam.”
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